sábado, 17 de setembro de 2011

Semana 15 – Do hoje e do agora. Podiam ser aborrecidos, mas…

i don't know where i'm going, but won't be boringlife is a sequence os moments called now
Since life and experience is a matter of trial-and-error, there’s no need to take choosing – or life itself – too seriously.
Soren Lauritzen

Tentanto e errando, muitas vezes, fazendo muitos erros e aprendendo com eles, ou até continuando a bater com a cabeça na parede até realmente aprender alguma coisa de útil com isso. Costuma ser assim que vou percebendo como é que as coisas se fazem.

Houve uma altura da minha vida em que o que eu queria mais era ter alguém, tipo um guia ou um 'mestre' que me indicasse que caminho escolher e que decisões tomar. Como é óbvio, essa pessoa nunca apareceu e tive de começar a trilhar o meu caminho sozinha, muitas vezes com a ajuda de pessoas que foram aparecendo na minha vida e que me foram dando bons conselhos e agora sei que não seria a pessoa que sou hoje se tivesse tido um tutor a decidir por mim!
Quando chegamos a adultos tomamos consciência de muitas coisas que nos permitem crescer como pessoas, mas que, por mais que queiramos, são intransmissíveis e só com a experiência é que toda a gente lá chega, por isso se os meus pais me tivessem dito o que é ser adulto, tenho a certeza de que não iria usufruir em pleno de todas as experiências e conhecimentos que ganhei.~

Ganho em coisas feitas, sítios visitados, experiências vividas, pessoas conhecidas, dias cheios e uma vida preenchida. Uns anos depois de achar que precisava de ser guiada, tenho a certeza que tenho levado a minha vida da maneira que melhor se adapta a mim. Todas as pessoas que tenho conhecido apareceram na altura certa. E por mais que às vezes pense que tudo corre mal e que há dias em que não me apetece fazer nada, nem ver ninguém, tenho tido sempre vontade de me levantar da cama e quebrar esse ciclo de pensamentos negativos. Olho para trás e vejo que a minha vida tem sido boa. Rica em pessoas e momentos. Bem, muitas vezes as pessoas e os momentos deixam-me sem espaço para pensar. Mas ajudam-me a não errar, ou pelo menos a levantar-me quando caio e também não me deixam levar-me demasiado a sério.

Acho que escrevo mais quando tenho tempo para pensar no que vai acontecendo na minha vida. Desde que regressei da Alemanha tenho andado numa lufa-lufa entre amigos, família, marido, a casa e as gatas e por causa disso tem havido alturas em tenho saído muito e outras em que me parece que não saio de casa. No meio de tanta coisa, o tempo para pensar não tem sido muito, logo o tempo para escrever também não, e coisas com muito sentido ainda menos. Por um lado ainda bem, porque significa que vou vivendo mais e planeando menos. Por outro, não racionalizo e acabo por perder raciocínios e por não organizar as ideias e os planos. Não se pode ter tudo.

Por estes dias, ando a sentir-me com falta de adrenalina. Quero e preciso de sentir que o meu ‘agora’ faz parte de um plano que tracei para a minha vida, coisa que não tem acontecido muito, porque tenho aproveitado o correr dos dias, em vez de traçar grandes planos. Por isto mesmo ando a precisar de receber uma boa notícia que faça o meu mundo começar a girar outra vez a altas rotações. Gosto de ter tempo para estar com as pessoas de quem gosto muito e para fazer coisas que me dão prazer sem horários, mas sinto que o meu tempo livre se está a tornar demasiado. A falta de atividade cansa-me e não é decididamente o que quero para mim. Quero energia, alegria, movimento. Tudo menos aborrecimento!

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